quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Arthur Schopenhauer II

Não tenho como me ater só ao livro, mesmo porque é um livro pequeno, e ele não fala sobre a arte de conhecer a si mesmo, ele simplesmente fala de como ele é melhor que os outros, etc; e também é um livro de e sobre filosofia, o que inevitalmente leva à diversas linhas de raciocínio, minhas obviamente.

Ele também acreditava na retração. A resposta para ele era retrair-se, afastar-se de qualquer convívio com pessoas que ele acreditava serem de capacidade intelectual limitada. Retirar-se, despir-se de todo o ódio e revestir-se de desprezo por toda a raça humana.

Novamente, concordo com a linha de raciocínio mas acredito que ele tenha pecado no excesso, como comentei anteriormente.
Em teoria ele está certo.
Ao não criar expectativas e se distanciar do próximo, o sofrimento advindo da frustração da expectativa não satisfeita deixa de existir.

Mas agindo dessa maneira - não politicamente correta, muito menos, cristã - é possível levar uma vida plena? Eu quero levar uma vida plena e pagar o preço por isso?

Abrimos a mão de certas coisas em detrimento de algumas e favorecimento de outras. Ao se afastar para evitar o sofrimento o que mais se perde? E o quanto isso pode ser primordial ou essencial à vida e ao ser humano?
Mais uma questão indissolúvel?

Coragem - Fé - Mudança de atitude

Será culpa da minha falta de fé? Ausência de confiança no Deus que eu acredito ser capaz de tudo?
O que eu penso? Ele é capaz de fazer tudo, possível e impossível, para todo mundo, menos para mim?
Que tipo de fé e crença são essas?
Não faz sentido nenhum. Nem para mim.

E agora, José?

É como se depois de tudo eu não tivesse justificativa para o meu modo de ser. E isso é um tanto quanto desconcertante.
Mas talvez certas peças depois de encaixadas não assumam outras formas. Depois de esculpidas e moldadas, fiquem, permaneçam assim? Ou sou eu novamente me justificando?
Porque só faço perguntas das quais não sei as respostas? Pior, perguntas que levam à respostas que sequer sei se existem.
Pra que tanto questionamento?
De onde veio e aonde está em mim essa questão de reclamar de tudo? De questionar tudo?
Sou uma reclamona de mão cheia. E sabendo disso, porque não mudo?

Mudando de assunto, ou não, sabe uma coisa que me irrita? Comercial de perfume. Eles mostram um mundo inventado, ilusório, maquiado, utópico e perfeito. Completamente contrário à realidade.
E o pior, faz com que as pessoas - mulheres -, desejem algo inalcansável, inatingível, e, é claro, como não conseguem se sentem profundamente frustradas. Ok, posso contra-argumentar-me. Publicidade. Seria a palavra chave. Etc, etc e etc. Mas acho errado e ponto.

Acho que descrença, escárnio, rebelia, frustração e amargura são os carros de frente da minha vida.
Sempre acho tudo trivial, patético, sem sentido.
Não consigo ser falsa. As coisas não são normais.
É tudo muito estranho.... "Nesses dias tão estranhos, fica a poeira se escondendo pelos cantos..."
As pessoas agem de modo estranho. Elas sabem algo que eu não sei.

Schopenhauer se sentia bem com essas escolhas, com a solidão e a superioridade.
Eu não sei quais exatamente são as minhas escolhas, muito menos estou confortável com elas.
Ele era contra o matrimônio , acreditava que isso viesse a intervir em sua vida intelectual. Eu, sendo casada e com um filho, será que tenho direito a escolhas e questionamentos? Quais são os limites?

Sacrifício - Detrimento

Quais são os princípios que nos regem? E quais deveriam ser os princípios corretos?
Não queria fazer essa patética pergunta, mas, porque estamos aqui? Ou melhor, para que?
Eu sei qual será o desfecho, pelo que diz a Bíblia, mas e até lá?

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