quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Arthur Schopenhauer

Comecei a ler Schopenhauer. O ponto de vista dele me parecia interessante. Conhecido como "filósofo do pessimismo". É, eu sei.... Meu filósofo, talvez tenhamos algo em comum. Talvez não.

"A arte de conhecer a si mesmo", chama-se o livro.
(Na verdade, agora que estou postando, já terminei).

"Querer o menos possível e conhecer o máximo possível", foi a máxima de sua vida.

Schopenhauer acreditava que somente um sexto da população pensava ou valia alguma coisa.
Ou seja, o restante da população era boçal, imbecil, egoísta e até mesmo cruel.
E que essa pequena parcela da população, a qual ele se incluía, deveria se isolar o mais que pudesse dos outros seres humanos, chamados 'normais'.

Não sei se ele está certo ou não. Digo, em termos de quantidade. Não acho que seja possível fazer essa distinção tão claramente. Não sei se seria possível quantificar a bestialidade e a ignorância, a crueldade ou o egoísmo. Mesmo porque acredito que todo ser humano tenha um pouco de cada coisa dentro de si, boas e ruins, o que diferencia uma pessoa da outra são as proporções.
Acho que ele estava certo na linha de raciocínio porém ele era radical e narcisista demais e foi nisso que ele pecou.

Realmente existem essas pessoas que conseguem enxergar o mundo com um filtro inimaginável e inalcansável para a maioria das pessoas.
Me considero uma delas, 'outsiders' como minha prima nos chama. Confesso que eu gostaria de ter pensado e criado esse termo antes dela... hauahuaha

O estranho é que chegar a essa conclusão não me basta, não me satisfaz.
"There is a hunger until unsatisfied", como diz uma música do Pink.
Há uma fome ainda não satisfeita. O que fazer com essa visão de mundo?

Acredito que ninguém tenha ainda a resposta pra isso, ou melhor, nos livros existem algumas, mas não são as respostas certas.

O que exatamente eu vejo? Que benefícios isso me traz? A ignorância não seria realmente uma benção?
Casar, trabalhar, ter filhos, morrer. Será essa a linha natural das coisas?
Teria que me satisfazer com o esquema e a ordem das coisas.... então porque sinto que tem algo terrivelmente errado? Comigo, com os outros e com o modo como as coisas funcionam?
Porque eu vejo isso? E mais importante, pra que? Com que finalidade?
Há algo reservado para mim? Isso é um caminho sendo pavimentado? Não seria presunção demais pensar dessa forma ou é esperança, válvula de escape? De que há um motivo para me regojizar e encontrar gozo?

Saber que há algo errado e que eu sou diferente das outras pessoas só tem me trazido problemas.
A própria tentativa... Um sofrimento, uma dor, um desespero que não tem nome nem porque nem forma. Não tem solução, a não ser achar uma forma de fechar os olhos novamente ou achar um significado para estar com eles abertos.

Honestamente, eu não sei. Não faço a mínima idéia. Nem um palpite pra começar. Espero fervorosamente que um dia, o mais breve possível, Deus esclareça essa questão para mim. Preciso de elucidação.

Confesso que fugi um pouco do título do post, mas é que o autor me levou à essa linha de raciocínio.... voltarei a ele no próximo post...

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