terça-feira, 19 de janeiro de 2010

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[07.01]

Nao sei se poderia chamar isso de poema, prosa, poesia, or whatever.
Mas fiz isso um dia, depois de tomar dois rivotril... praticamente capotada. Minha psicologa disse que e importante analisar pois era meu subconsciente quem estava falando, ou no caso, escrevendo..

Enfim... Nao tem titulo..

Sangue negro...sangue solitário
E assim que ele fica a noite
É assim que o vejo
Escuro
Que já viu o próprio sangue?

Sangue solitário
Com tendências à boêmia e a confusão
Leve embriaguez

Sangue dos meus pulsos
Pulsos fracos
Outrora e porventura fortes
Submetidos ao pior carrasco
Ao mais impiedoso

Sem se dar conta disso
Sangrando e chorando
Envergonhados dos dedos apontados

Punhos sem voz
Voz cristalina e lúdica
Eles não possuem.

Auto-piedosos, lamuriantes
Conhecedores da linguagem
e cantorias comuns

Auto-piedosas, flagelantes
Se comunicam assim de uma única forma
E o reflexo de outros corpos
É sufocante, ofuscante
Círculo vicioso se forma

E os pulsos vão ficando cada vez mais fracos
Ate que veem que esse é o seu mundo
Eles aceitarão essa nova realidade?

O conhecimento desse novo fato,
esse esclarecimento,
sera benéfico ou destruidor?
Ira ajudá-los ou corrompe-los?

Serão capazes de sangrar até não restar nada
além do último suspiro?

E, depois nada além do silencio e do barulho.
Não haverá mais cancões!

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