quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Arthur Schopenhauer II

Não tenho como me ater só ao livro, mesmo porque é um livro pequeno, e ele não fala sobre a arte de conhecer a si mesmo, ele simplesmente fala de como ele é melhor que os outros, etc; e também é um livro de e sobre filosofia, o que inevitalmente leva à diversas linhas de raciocínio, minhas obviamente.

Ele também acreditava na retração. A resposta para ele era retrair-se, afastar-se de qualquer convívio com pessoas que ele acreditava serem de capacidade intelectual limitada. Retirar-se, despir-se de todo o ódio e revestir-se de desprezo por toda a raça humana.

Novamente, concordo com a linha de raciocínio mas acredito que ele tenha pecado no excesso, como comentei anteriormente.
Em teoria ele está certo.
Ao não criar expectativas e se distanciar do próximo, o sofrimento advindo da frustração da expectativa não satisfeita deixa de existir.

Mas agindo dessa maneira - não politicamente correta, muito menos, cristã - é possível levar uma vida plena? Eu quero levar uma vida plena e pagar o preço por isso?

Abrimos a mão de certas coisas em detrimento de algumas e favorecimento de outras. Ao se afastar para evitar o sofrimento o que mais se perde? E o quanto isso pode ser primordial ou essencial à vida e ao ser humano?
Mais uma questão indissolúvel?

Coragem - Fé - Mudança de atitude

Será culpa da minha falta de fé? Ausência de confiança no Deus que eu acredito ser capaz de tudo?
O que eu penso? Ele é capaz de fazer tudo, possível e impossível, para todo mundo, menos para mim?
Que tipo de fé e crença são essas?
Não faz sentido nenhum. Nem para mim.

E agora, José?

É como se depois de tudo eu não tivesse justificativa para o meu modo de ser. E isso é um tanto quanto desconcertante.
Mas talvez certas peças depois de encaixadas não assumam outras formas. Depois de esculpidas e moldadas, fiquem, permaneçam assim? Ou sou eu novamente me justificando?
Porque só faço perguntas das quais não sei as respostas? Pior, perguntas que levam à respostas que sequer sei se existem.
Pra que tanto questionamento?
De onde veio e aonde está em mim essa questão de reclamar de tudo? De questionar tudo?
Sou uma reclamona de mão cheia. E sabendo disso, porque não mudo?

Mudando de assunto, ou não, sabe uma coisa que me irrita? Comercial de perfume. Eles mostram um mundo inventado, ilusório, maquiado, utópico e perfeito. Completamente contrário à realidade.
E o pior, faz com que as pessoas - mulheres -, desejem algo inalcansável, inatingível, e, é claro, como não conseguem se sentem profundamente frustradas. Ok, posso contra-argumentar-me. Publicidade. Seria a palavra chave. Etc, etc e etc. Mas acho errado e ponto.

Acho que descrença, escárnio, rebelia, frustração e amargura são os carros de frente da minha vida.
Sempre acho tudo trivial, patético, sem sentido.
Não consigo ser falsa. As coisas não são normais.
É tudo muito estranho.... "Nesses dias tão estranhos, fica a poeira se escondendo pelos cantos..."
As pessoas agem de modo estranho. Elas sabem algo que eu não sei.

Schopenhauer se sentia bem com essas escolhas, com a solidão e a superioridade.
Eu não sei quais exatamente são as minhas escolhas, muito menos estou confortável com elas.
Ele era contra o matrimônio , acreditava que isso viesse a intervir em sua vida intelectual. Eu, sendo casada e com um filho, será que tenho direito a escolhas e questionamentos? Quais são os limites?

Sacrifício - Detrimento

Quais são os princípios que nos regem? E quais deveriam ser os princípios corretos?
Não queria fazer essa patética pergunta, mas, porque estamos aqui? Ou melhor, para que?
Eu sei qual será o desfecho, pelo que diz a Bíblia, mas e até lá?

Arthur Schopenhauer

Comecei a ler Schopenhauer. O ponto de vista dele me parecia interessante. Conhecido como "filósofo do pessimismo". É, eu sei.... Meu filósofo, talvez tenhamos algo em comum. Talvez não.

"A arte de conhecer a si mesmo", chama-se o livro.
(Na verdade, agora que estou postando, já terminei).

"Querer o menos possível e conhecer o máximo possível", foi a máxima de sua vida.

Schopenhauer acreditava que somente um sexto da população pensava ou valia alguma coisa.
Ou seja, o restante da população era boçal, imbecil, egoísta e até mesmo cruel.
E que essa pequena parcela da população, a qual ele se incluía, deveria se isolar o mais que pudesse dos outros seres humanos, chamados 'normais'.

Não sei se ele está certo ou não. Digo, em termos de quantidade. Não acho que seja possível fazer essa distinção tão claramente. Não sei se seria possível quantificar a bestialidade e a ignorância, a crueldade ou o egoísmo. Mesmo porque acredito que todo ser humano tenha um pouco de cada coisa dentro de si, boas e ruins, o que diferencia uma pessoa da outra são as proporções.
Acho que ele estava certo na linha de raciocínio porém ele era radical e narcisista demais e foi nisso que ele pecou.

Realmente existem essas pessoas que conseguem enxergar o mundo com um filtro inimaginável e inalcansável para a maioria das pessoas.
Me considero uma delas, 'outsiders' como minha prima nos chama. Confesso que eu gostaria de ter pensado e criado esse termo antes dela... hauahuaha

O estranho é que chegar a essa conclusão não me basta, não me satisfaz.
"There is a hunger until unsatisfied", como diz uma música do Pink.
Há uma fome ainda não satisfeita. O que fazer com essa visão de mundo?

Acredito que ninguém tenha ainda a resposta pra isso, ou melhor, nos livros existem algumas, mas não são as respostas certas.

O que exatamente eu vejo? Que benefícios isso me traz? A ignorância não seria realmente uma benção?
Casar, trabalhar, ter filhos, morrer. Será essa a linha natural das coisas?
Teria que me satisfazer com o esquema e a ordem das coisas.... então porque sinto que tem algo terrivelmente errado? Comigo, com os outros e com o modo como as coisas funcionam?
Porque eu vejo isso? E mais importante, pra que? Com que finalidade?
Há algo reservado para mim? Isso é um caminho sendo pavimentado? Não seria presunção demais pensar dessa forma ou é esperança, válvula de escape? De que há um motivo para me regojizar e encontrar gozo?

Saber que há algo errado e que eu sou diferente das outras pessoas só tem me trazido problemas.
A própria tentativa... Um sofrimento, uma dor, um desespero que não tem nome nem porque nem forma. Não tem solução, a não ser achar uma forma de fechar os olhos novamente ou achar um significado para estar com eles abertos.

Honestamente, eu não sei. Não faço a mínima idéia. Nem um palpite pra começar. Espero fervorosamente que um dia, o mais breve possível, Deus esclareça essa questão para mim. Preciso de elucidação.

Confesso que fugi um pouco do título do post, mas é que o autor me levou à essa linha de raciocínio.... voltarei a ele no próximo post...

Verniz da sociabilidade

Eu não o tenho todo mas irei perder mais até não me restar isso?
Em que me tornarei? O que me espera?
Dei um passo grande e drástico demais?
É tudo um pouco pertubador...

Ouvindo Bkab - V for Vendetta.... Ótima música para um filme incrível...

"Isso não é uma simples reforma, o que realmente é uma revolução!"

Terminei Bukowski, Misto-Quente, o último dele que tenho, por enquanto.
Muito bom em algumas partes, espetacular até mas se mostrou repetitivo em outras e o final deixou um pouco a desejar...

Gosto de todos os is pingados... o.o

Henry Chinaski é um ótimo personagem, vi muito do meu próprio reflexo nele. Acho que Bukowski poderia tê-lo explorado um pouco mais, não em termos de profundidade - por incrível que pareça -, mas, sim em quantidade.
O livro terminou abruptamente, à la King.
Apesar de podermos presumir o que acontecerà ou o que aconteceria ao Hank, não acharia ruim se Bukowski escrevesse mais umas duzentas páginas sobre a vida dele, pelo menos encaminhando-o para um destino. Talvez visse um pouco mais de luz em minha própria vida. Quero dizer, não seria cansativo, pois não era uma história de um fato na vida dele e sim a visão dele era a história...faria nexo se a história não acabasse antes da vida do personagem. Como diz uma letra do Metallica: "Son, your life's an open book...Don't close it 'fore its done"

Bukowski lança o holofote para algumas coisas da vida e para pessoas como Henry, que são no mínimo diferentes, porém não utilizou isso para nada.

Pode ser que tenha sido imparcial, porém não acredito nisso. Acredito que ele tenha visto algo que eu também vejo, mas simplesmente não sabe exatamente o que é, assim como eu.
Também não sei como lidar com isso, não sei se ele aprendeu. Eu ainda não.

Rammstein


Em homenagem à minha prima querida.... Estou começando a gostar dessa banda!!!


Rosenrot

Sah ein Mädchen ein Röslein stehen
Blühte dort in lichten Hönen
So sprach sie ihren Liebsten an
Ob er es ihr steigen kann
Sie will es und so ist es fein
So war es und so wird es immer sein
Sie will es und so ist es Brauch
Was sir will bekommt sie auch
Tiefe Brunnen muß man graben
Wenn man klares Wasser will
Rosenrot oh Rosenrot
Tiefe Wasser sind nicht still
Der Jüngling steigh den Berg mit Qual
Die Aussicht ist ihm sehr egal
Hat das Röslein nur im Sinn
Bringt es seiner Liebsten hin
Sie will es und so ist es fein
So war es und so wird es immer sein
Sie will es und so ist es Brauch
Was sie will bekommt sie auch
Tiefe Brunnen muß man graben
Wenn man klares Wasser will
Rosenrot oh Rosenrot
Tiefe Wasser sind nicht still
An seinen Stiefeln bricht ein Stein
Will nicht mehr am Fälsen Sein
Und ein Schrei tut jedem kund
Beide fallen in den Grund
Sie will es und so ist es fein
So war es und so wird es immer sein
Sie will es und so ist es Brauch
Was sie will bekommt sie auch
Tiefe Brunnen muß man graben
Wenn man klares Wasser will
Rosenrot oh Rosenrot
Tiefe Wasser sind nicht still

Claro que ninguém é obrigado a saber alemão, então segue a tradução abaixo.

Rosa Vermelha
 
Uma garota viu uma pequena rosa
Ela floresceu lá no cume brilhante
Ela perguntou ao seu amor
Se ele poderia trazê-la para ela

Ela a quer e tudo bem
Assim foi e assim sempre será
Ela a quer e esse é o hábito
Tudo que ela quer ela consegue

Poços profundos precisam ser cavados
Se você quiser água limpa
rosa vermelha, oh rosa vermelha
Águas profundas não são calmas

O menino sobe a montanha com sofrimento
Ele não liga para a vista
Apenas a pequena rosa está em sua mente
Ele a traz para seu amor

Ela a quer e tudo bem
Assim foi e assim sempre será
Ela a quer e esse é o hábito
Tudo que ela quer ela consegue

Poços profundos precisam ser cavados
Se você quiser água limpa
rosa vermelha, oh rosa vermelha
Águas profundas não são calmas

Em suas botas, uma pedra quebra
Não quer mais estar no penhasco
E um grito deixa que todos saibam
Ambos estão caindo em direção ao chão

Ela a quer e tudo bem
Assim foi e assim sempre será
Ela a quer e esse é o hábito
Tudo que ela quer ela consegue

Poços profundos precisam ser cavados
Se você quiser água limpa
rosa vermelha, oh rosa vermelha
Águas profundas não são calmas

Ta, amei.... que letra punk!!! E que banda foda...

http://www.youtube.com/watch?v=2SoW5-tLe-U

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

....

[07.01]

Nao sei se poderia chamar isso de poema, prosa, poesia, or whatever.
Mas fiz isso um dia, depois de tomar dois rivotril... praticamente capotada. Minha psicologa disse que e importante analisar pois era meu subconsciente quem estava falando, ou no caso, escrevendo..

Enfim... Nao tem titulo..

Sangue negro...sangue solitário
E assim que ele fica a noite
É assim que o vejo
Escuro
Que já viu o próprio sangue?

Sangue solitário
Com tendências à boêmia e a confusão
Leve embriaguez

Sangue dos meus pulsos
Pulsos fracos
Outrora e porventura fortes
Submetidos ao pior carrasco
Ao mais impiedoso

Sem se dar conta disso
Sangrando e chorando
Envergonhados dos dedos apontados

Punhos sem voz
Voz cristalina e lúdica
Eles não possuem.

Auto-piedosos, lamuriantes
Conhecedores da linguagem
e cantorias comuns

Auto-piedosas, flagelantes
Se comunicam assim de uma única forma
E o reflexo de outros corpos
É sufocante, ofuscante
Círculo vicioso se forma

E os pulsos vão ficando cada vez mais fracos
Ate que veem que esse é o seu mundo
Eles aceitarão essa nova realidade?

O conhecimento desse novo fato,
esse esclarecimento,
sera benéfico ou destruidor?
Ira ajudá-los ou corrompe-los?

Serão capazes de sangrar até não restar nada
além do último suspiro?

E, depois nada além do silencio e do barulho.
Não haverá mais cancões!

sábado, 16 de janeiro de 2010

Impagável...

- Papai, me ensina a nadar?
- Papai também não sabe nada. (hauhuahauaa)

- Dmitri, quer aprender a cantar músicas em inglês?
- Não, eu quero falar sobre coisas interessantes, mamãe. Aprender músicas em inglês não é interessante.

- Papai, me ensina a pescar?
- Eu também não sei pescar. Só pesquei uma vez.
- E quantos peixes você pegou, papai?
- Nenhum, só uma mão. huhauuahuauhuahuhauhauuahuhauahuahuhauhauhauhauhauhauhauhuahauhauhauhuahauh

É...punk..


Não tem palavras..... Realmente não tenho nada a dizer dessa música. Como todas as outras, fala por si só. Essa mais ainda pra mim....

Que kct. (Sinto meu coração dilacerar...um leve gosto... ahhhhhhhhhhhhhhhhh)

Freak on a Leash (feat Amy Lee)

Korn

Something takes a part of me
Something lost and never seen
Everytime I start to believe
Something's raped and taken from me... from me
Life's gotta always be messing with me.(You wanna see the light?)
Can't they chill and let me be free? (So do I)
Can't I take away all this pain. (You wanna see the light?)
I try to every night
All in vain... in vain.
Sometimes I cannot take this place
Sometimes it's my life I can't taste
Sometimes I cannot feel my face
You'll never see me fall from grace
Something takes a part of me.
You and I were meant to be.
A cheap...for me to lay.
Something takes a part of me.
Feeling like a freak on a leash. (You wanna see the light ?)
Feeling like I have no release. (So do I...)
How many times have I felt diseased? (You wanna see the light ?)
Nothing in my life is free... is free.
Sometimes I cannot take this place.
Sometimes it's my life I can't taste.
Sometimes I cannot feel my face.
You'll never see me fall from grace.
Something takes a part of me.
You and I were meant to be.
A cheap...for me to lay.
Something takes a part of me.
ooooooo oooooooo (Go!)
Something takes a part of me.
You and I were meant to be.
A cheap fuck for me to lay.
Something takes a part of me.
Part of me Part of me Part of me.

http://www.youtube.com/watch?v=YNxbCK8SaA8

St. Anger


By the way....

Essa é fodástica. Não sei pq muitos fãs do Metallica não a curtem. Eu curto. Pra caralho.

St. Anger

Metallica

Saint Anger 'round my neck
Saint Anger 'round my neck
He never gets respect
Saint Anger 'round my neck
(You flush it out, you flush it out)
Saint Anger 'round my neck
(You flush it out, you flush it out)
He never gets respect
(You flush it out, you flush it out)
Saint Anger 'round my neck
(You flush it out, you flush it out)
He never gets respect
Fuck it all and no regrets,
I hit the lights on these dark sets.
I need a voice to let myself
To let myself go free.
Fuck it all and fuckin' no regrets,
I hit the lights on these dark sets.
Medallion noose, I hang myself.
Saint Anger 'round my neck
I feel my world shake
Like an earthquake
Hard to see clear
Is it me? Is it fear?
I'm madly in anger with you (x4)
Saint Anger 'round my neck
Saint Anger 'round my neck
He never gets respect
Saint Anger 'round my neck
(You flush it out, you flush it out)
Saint Anger 'round my neck
(You flush it out, you flush it out)
He never gets respect
(You flush it out, you flush it out)
Saint Anger 'round my neck
(You flush it out, you flush it out)
He never gets respect
Fuck it all and no regrets,
I hit the lights on these dark sets.
I need a voice to let myself
To let myself go free.
Fuck it all and fuckin' no regrets,
I hit the lights on these dark sets.
Medallion noose, I hang myself.
Saint Anger 'round my neck
I feel my world shake
Like an earthquake
Hard to see clear
Is it me? Is it fear?
I'm madly in anger with you (x4)
...and I want my anger to be healthy
...and I want my anger just for me
...and I need my anger not to control
...and I want my anger to be me
...and I need to set my anger free
...and I need to set my anger free
...and I need to set my anger free
...and I need to set my anger free
SET IT FREE
Fuck it all and no regrets,
I hit the lights on these dark sets.
I need a voice to let myself
To let myself go free.
Fuck it all and fuckin' no regrets,
I hit the lights on these dark sets.
Medallion noose, I hang myself.
Saint Anger 'round my neck
I feel my world shake
Like an earthquake
Hard to see clear
Is it me? Is it fear?
I'm madly in anger with you

http://www.youtube.com/watch?v=mWmRMPlxMsU

Sei que isso vai ficar bem confuso. Mas pra mim, não. E no fundo, é isso que interessa...
As postagens não têm uma ordem cronológica. Espero que isso fique claro, fique relativamente claro.

[29.12.09]
Às vezes sinto uma raiva absurda, tão profundamente araigada, uma fúria que não me pertenece.

Ou melhor, queria que não me pertencesse. É contra mim, conta todos.
Parece que vou explodir. Queria ser inconsequente. Não que eu não seja totalmente. Mas é algo que me afoga. Me consome.
Meu Deus! O que isso me causa!

Ouvindo St. Anger e sentindo a raiva correr nas minhas veias, me corroendo, me alimentando, me destruindo.

Tudo o que eu queria era morrer. Eu vou mesmo morrer um dia, então porque não agora? Pq não hoje?
Pq Deus não me poupa desse sofrimento? Eu não escolhi nascer. Eu não tive escolha. Mas tb não posso ter escolha para o momento e a forma da minha morte.

Desculpe, Deus, mas me sinto como uma marionete. Com sentimentos, com dores para ser exata.
Sentindo cada cabo espetado e enfiado em minha carne.

Eu não me adequo. Não consigo.
Eu vejo as pessoas nos metrôs e nos trens e fico com vontade de vomitar. Eu procuro e anseio pelo abraço da Morte mas ela foge de mim, com tal afinco, que isso me norteia.

Devaneio. Loucura. Seria melhor que essa lucidez doentia.

Eu perdi tudo. Só tenho isso.
E talvez tenham razão. Eu não saio dessa pq eu não quero. Alguma parte de mim quer se afundar desse jeito? Se deteriorar e se entregar à essa porra?
Não tem nada lá fora pra mim. Não tem nada me esperando.

Dor e mais dor. Um círculo vicioso do qual eu não posso, não 'quero' e não consigo sair.

Stand bye

De alguma forma, a minha obcessão diminuiu um pouco. Não adianta ficar alimentando algo que eu absolutamente não sei o que é, por algo que não existe. Uma ilusão. Poderosa o suficiente para me fazer sofrer.

Eu sou diferente. Não posso mais fugir disso. Não pertenço às massas.
Não tenho um véu entre meus olhos e a mentira.
Não uso cabresto. Tentaram colocar. Eu tentei. Mas definitivamente não rola.
Sei que cada pessoa é diferente da outra, blá, blá. Mas algo em mim não engrenou, sei lá.

Não interprete errado. É fácil cair nesse erro.

Relatividade...



Eu olho para o relógio e ele olha pra mim, com desdém e escárnio. Sabe que sou submetida a ele e por isso ele corre cada vez mais devagar. Brinca comigo, mas sutilmente, para que eu me pergunte se a insanidade finalmente está me tomando. Será? Ou ele realmente é um carrasco atroz?

Passagens...

Não é um retrocesso, apesar de haver fases, porém escrevi isso no final de dezembro, e acho importante pra mim, registrar aqui, mesmo que não seja mais meu estado de espírito frequente, ainda sinto às vezes. Mesmo mesclando com os registros atuais, considero relevante. Passou, mas sei que vai voltar. Uma grande roda gigante.

Como eu já disse, e também o King, Koontz, e tantos outros escritores, o ka é realmente uma roda. Não duvide disso.

[28.12.09]

Alguns amigos eu afasto, outros não, se afastam ou são afastados pela situação. Também não sou expert em cultivar. Quando tento, normalmente há resistência do outro lado. Não conheço um meio termo saudável, talvez.
As pessoas têm medo. Sei lá, como se fosse algo terrivelmente contagioso. Não as culpo. De uma forma bem subjetiva é um pouco mesmo.

Ou têm medo da responsabilidade que a dependência causa. Ou dos encargos.

Às vezes sinto uma onda de desespero subindo pela minha garganta. Para o meu bem eu preciso aprender a engolir. Sem ter indigestão. Mas isso não é possível, é?
Eu, atualmente, vejo que às vezes é possível controlar, seja quais forem os métodos que estiverem disponíveis. Mas é tremendamente difícil.
A minha maior lição vai ser aprender a esmagar o sofrimento, a dor, a angústia e o desespero - suprimi-los - sem deixar de ser o eu. Que by the way, ainda não sei o que é. Não deixa de ser um irônico e cruel paradoxo. Como separar, digamos, o joio do trigo, se você não sabe qual é qual?

Eu lhe digo, meu amigo, ledo engano. É só o que dá pra fazer... Enganar-se.

Alguém se predispõe a me ensinar? Ou melhor, alguém se predispõe e julga-se capaz de apertar o gatilho?

Já que apontar o dedo é algo tão fácil de se fazer, talvez dobrá-lo não seja tão difícil assim. Mas é.

Quero correr. Run, rabbit, run.


sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Ok...




Estou de bom humor, agora, coisa rara, mas que aos poucos vai se tornando mais frequente.

Um estado de espírito que não me é muito familiar. Às vezes sequer sei identificá-lo, e ele também dura pouco. Estranho.

Aproveitando o pequeno instante.

Ria. Se puder. Ou balançe a cabeça ao velho estilo rock in roll. Yeahhhhh!


 

Te Quiero Puta

Rammstein

Hey amigos...
Adelante amigos...
Vamos vamos mi amor
Me gusta mucho tu sabor
No no no no tu corazón
Mucho mucho tu limón
Dame de tu fruta
Vamos mi amor...
Te quiero puta!
Te quiero puta!
Ay que rico
Ay que rico un, dos, tres
Sí te deseo otra vez
Pero no no no tu corazón
Más más más de tu limón
Querido
Dame de tu fruta
Dame de tu fruta
Vamos mi amor...
Te quiero puta!
Te quiero puta!
Ay que rico
Entre tus piernas voy a llorar
Feliz y triste voy a estar
Feliz y triste voy a estar
Más más más por favor,
Más más más sí sí señor
Más más más por favor,
Más más más sí sí señor
No me tengas miedo
No te voy a comer
Más más más por favor,
Más más más sí sí señor
Sí sí señor
Te quiero puta!
Te quiero puta!
Dámelo dámelo
Te quiero puta!


http://www.youtube.com/watch?v=IcF-OsJnkjk

domingo, 10 de janeiro de 2010

Músicas II



Bom, já falei sobre o que a música tem sido pra mim. Vou postar a letra de uma bem interessante aqui.

Essa música é um vislumbre pra mim. Um vislumbre de algo absolutamente incrível que eu poderia ter tido. Inalcansável e por isso meu corpo anseia cada vez mais de uma forma completamente alheia ao meu controle, à minha vontade, à minha razão e compreensão.

Como eu queria isso... Como eu queria não sofrer mais por isso...

Senhor, tenho as minhas razões, não tenho? (Sim, estou tentando convencê-lo, preferencialmente durante o sono...)

*Eu faria.* Um dia, quem sabe..

#1 Crush

Garbage

I would die for you
I would die for you
I've been dying just to feel you by my side
To know that you're mine
I will cry for you
I will cry for you
I will wash away your pain with all my tears
And drown your fears
I will pray for you
I will pray for you
I will sell my soul for something pure and true
Someone like you
See your face every place that I walk in
Hear your voice every time that I'm talking
You will believe in me
And I will never be ignored
I will burn for you
Feel pain for you
I will twist the knife and bleed my aching heart
And tear it apart
I will lie for you
Beg and steal for you
I will crawl on hands and knees until you see
You're just like me
Violate all the love that I'm missing
Throw away all the pain that I'm living
You will believe in me
And I can never be ignored
I would die for you 
I would kill for you  
I will steal for you 
I'd do time for you 
I will wait for you  
I'd make room for you  
I'd sink ships for you  
To be close to you  
To be part of you 
'Cause I believe in you  
I believe in you  
I would die for you

http://www.youtube.com/watch?v=Z0X8W6E5xeU&feature=player_embedded


(Melhor ver tudo em preto do que com as cenas daquele filme ridículo... hehe)

Nem tudo precisa de um título, porra..


Porque tive um filho? Porque o Ivan não vira as costas pra mim? Está esperando eu pedir, será?
Temos uma estranha e profunda relação de dependência. Às vezes sinto vontade de bater nele, ou de chacoalhá-lo para ver se obtenho alguma reação, de tanta raiva, e às vezes sou tomada por uma onda de carinho, amor e afeição.
Às vezes simplesmente fico ao lado dele, é uma companhia conhecida e tranquila, quando quer. Podemos nos dar mito bem até, mas já fizemos muitas coisas um para o outro.
Não sei se devemos ficar juntos ou não. Ele também não sabe. Enquanto isso, ficamos.

Mudando de assunto... uma coisa é certa. Obcessão é algo difícil de lidar. Pensei em duas palavras e elas ficaram bem juntas.

Obcessão obcena.




Sou doente, deveria morrer. Mas Deus obviamente não concorda comigo.
Queria simplesmente fugir. Sair correndo de tudo e de todos.
Queria uma coisa, uma ligação... qualquer coisa, qualquer sinal... pena que não podemos ser sinceros em tudo..
Oh Senhor, me perdoe!

Alguém me dê uma maldita arma.




Ando passando por maus bocados. Mas quando foi que não passei?
A única diferença é que antes das três uma, ou eu não me incomodava com isso, ou não me afetava ou eu não tinha ciência das coisas que me atingiam. A ignorância realmente pode ser uma benção às vezes...

Fiz minha primeira tatuagem no dia 2 de outubro, o nome do Dmitri, meu filho em russo. E a segunda foi no dia 23 de dezembro, o muro do The Wall e os martelos do Pink Floyd. O mais interessante é que as paredes quebradas e irregulares tem um sentido a mais pra mim. Significam em parte minha vida, quebrantada.

Nesse meio tempo, entre a primeira e a segunda muitas coisas aconteceram. Quando digo muitas, não estou exagerando..

Depois da reviravolta, quando tomei a decisão de que não havia mais nada aqui pra mim, realmente veio o nada e o sofrimento. Ouço música, fumo. Como chocolate, quando consigo dinheiro pra comprar. Tomo remédio, agora o barato deles já passou, meu corpo já se acostumou aos efeitos. O máximo que acontece agora é eu dormir de mais, o que não deixa de ser uma pequena benção. Leio, coisa que há um mês atrás não conseguia fazer pq minha visão ficava turva o tempo todo. Ouço música, fumo, leio... ah... e hogo Guitar Hero e God of War...

Penso.. Muito. Penso até doer. Até pensar que estou enlouquecendo. (me perdoe a redundância.)

Aprendi a desmontar uma gilete, com muito custo e fiquei internada em uma clínica psquiátrica - uma casa de repouso - vulgo, manicômio, por 15 dias. Tempo padrão de convênio.

Queria que tivesse dado certo, mas as coisas nem de longe foram como eu planejei, eu ainda estou aqui e a minha 'vida' só tem piorado desde então. Não aconselho! Procure um modo mais eficaz... se vc não tiver família, se jogue de um prédio, ponte, tem aos montes por ai e realmente funciona.

Fui corajosa e fui covarde. Acho que a vida é assim.

Nem tudo é ruim, não sou tão idiota assim pra pensar que só existem coisas ruins. Uma pessoa muito importante na minha vida me pediu perdão. E eu perdooei. A questão é que se sou assim, diferente, por tudo o que essa pessoa fez pra mim. Qual é a minha justificativa agora??? Ainda não encontrei nenhuma... Talvez algumas peças, uma vez encaixadas, não se soltem para montar padrões diferentes... Talvez.

Mas isso não muda o fato de que estou me sentindo um lixo. Mesmo tirando o peso do passado, não consigo levantar a cabeça e seguir em frente. Chame-me de covarde, se quiser. Foda-se.

Conheci um novo escritor, chamado Charles Bukowski, nascido na Alemanha e criado na parte mais pobre de Los Angeles, mergulhado no mundo excessivo da bebida, do cigarro, do sexo e das apostas de cavalos. Seus livros refletem seu mundo e acredito que mergulhem mais fundo nesse mundo. Mais do que o próprio Bukowski vivenciou. Ele acabou morrendo de pneumonia, durante um tratamento para a leucemia. É...

No geral, estou adorando ou no fundo me identificando. Não, sou fresca em alguns pontos.
Simplesmente vendo uma outra vertente do que nós temos aqui, sem verniz.

Acho que isso de certa forma me conforta. Ver um estilo de vida pior que o meu. Ver alguém mais fudido que eu. Mas é um conforto passageiro, supérfluo...

Ainda não consigo parar de pensar e posso arriscar um palpite que isso é uma parte do meu sofrimento. Sofro por tudo aquilo que não entendo e por tudo aquilo que não consigo resolver.
Preciso dar um jeito de superar isso, esquecer e continuar vivendo, como todo mundo faz.

Queria ser todo mundo. Eu não sei como fazer isso, aposto que você sabe falar como mas também não saberia fazer caso precisasse.

Estou morando ainda em uma república. Patético.

Acho que no fundo é isso que sou. Patética, ridícula. Cheia de auto-piedade.
Outsider ou cheia de justificativas...
Sempre um rebate.
Eu não pertenço a isto aqui. Não sei como me portar, não sei como agir, não sei como interagir.

Como diz Bukowski,
ou o cara se conforma ou enlouquece.

Eu não me conformo. Eu não me ajusto.
Ajuste.

sábado, 9 de janeiro de 2010

Músicas


Sou um ser musical, por natureza, e na minha atual condição de sub-vida estou mais agarrada ainda à ela.
Digamos que elas tem sido uma bóia salva-vidas... e que em certos momentos o ar que respiro... quando eu encho os pulmões e não consigo achar nada.. ou quando desejo ardentemente uma companhia, um abraço, um sorriso, um olhar sequer... Por muitas vezes tudo o que tenho são as músicas.

Então, é claro, que algumas terão um peso bem maior...

Abaixo uma delas... essa é daquelas que acaba e eu coloco pra tocar de novo, e de novo, e de novo. Nunca enjoo. Meu próprio sangue falando, essa música é pra mim.... ele sabe o que estou sentindo.. Essa é uma música que tem tido muito significado pra mim, ultimamente.
Para mim e para a planta, que fica na varanda em frente à minha, quase morta... que é para onde eu olho com um cigarro na mão e o Mp4 no ouvido. Aliás... sei que ela ainda não tem um histórico aqui, mas tiraram as partes mortas da planta depois de um mês! :)

Que a letra fale por si só:

Streets Of Philadelphia

Bruce Springsteen

I was bruised and battered and I couldn´t tell what I felt
I was unrecognizable to myself
I saw my reflection in a window I didn´t know my own face
Oh brother are you gonna leave me wastin´away
On the streets of Philadelphia
I walked the avenue till my legs felt like stone
I heard the voices of friends vanished and gone
At night I could hear the blood in my veins
Black and whispering as the rain
On the streets of Philadelphia
Ain´t no angel gonna greet me
It´s just you and I my friend
My clothes don´t fit me no more
I walked a thousand miles
Just to slip the skin
The night has fallen, I´m lyin´awake
I can feel myself fading away
So receive me brother with your faithless kiss
Or will we leave each other alone like this
On the streets of Philadelphia

http://www.youtube.com/watch?v=uTeBFmWsLIg


**Queria ao menos que houvesse um 'brother', um outro alguém. Neste caso, ele ainda está melhor que eu. hauhaau**

Se você consegue escapar hoje. O amanhã te aguarda, inexorável e implacavelmente.


Vou começar com esse texto que escrevi um tempo atrás, num momento de fúria. Percebi que me torno tremendamente criativa com raiva. Hehehe Bom, não necessariamente criativa, mas mais comunicativa. Consigo me expressar melhor... assim como quando estou andando sozinha, ou quando estou quase dormindo... as palavras e os pensamentos fluem em um ritmo diferente, infelizmente ainda não aprendi a explorar esses momentos de lucidez ou de insanidade, o que você achar melhor...

No final das contas, o ka é uma roda. "O destino luta para refazer o padrão do que estava determinado." Não há fuga, nunca houve. Eu estava certa sobre tudo isso. Bom, é melhor saber? Isso muda alguma coisa? A ignorância é uma benção? O saber te traz vantagens ou agonia? Não corra, não ande, não adianta. Existem certos padrões, eles são rigídos, podendo até - sob determinadas circunstâncias - serem flexíveis mas inquebravéis. Você pode ser acometido pela sorte ou pelo acaso, mas cedo ou tarde, o destino te encontrará. E fará o que estava predestinado, como eu acredito, por Deus. Será que realmente acreditamos que nós fazemos o nosso destino? Se excluirmos o fato que algumas pessoas acreditam em Deus e outras não, à que conclusão chegamos? Se considerarmos que mesmo as pessoas que acreditam em Deus, como eu, também acreditam que Ele nos dá livre arbítrio. Ou seja, eu faço o que eu quiser e lido com as consequências de tudo que faço, assim como qualquer ser humano, mas temos realmente este poder de decisão? Até onde ele vai? Qual a dimensão da nossa ilusão a respeito disso? Partindo da premissa que o Ka é uma roda e o destino sempre luta para refazer o padrão do que estava determinado - se isso for verdade- somos apenas fantoches. Nada mais que isso. Se nascemos com uma "finalidade" definida, não importa o que eu ou qq um faça, essa "finalidade" será alterada? Claro, não há como se saber. Porque afinal de contas, não sabemos o futuro. Se "eu" mudar minha vida, de ponta cabeça, de livre e espontânea vontade alterá-la. Conscientemente. Isso realmente irá alterar meu futuro ou simplesmente seguirei para o mesmo destino?